A história da Companhia Teatro dos Novos se mistura com a própria história do Teatro Vila Velha. Da primeira montagem da CTN no Vila em 64 - Eles não Usam Bleque Tai - até a sua retomada em Um Tal de Dom Quixote, com a reinauguração do teatro, muitas foram as viagens, as linguagens e as buscas por um teatro vivo. De João Augusto a Marcio Meirelles, a Companhia Teatro dos Novos sempre esteve comprometida com o novo, com o risco, com a pesquisa. Esta companhia não é apenas uma reunião de atores, mas sim de gente que pensa teatro numa perspectiva ampla, interessando-se e experimentando dramaturgias, direções, espaços, técnicas circences, figurinos, sonoridades e movimentos: uma aventura na mistura de linguagens. Para saber mais informações sobre o nosso currículo e nossos espetáculos consute o site de nossa casa, o Teatro Vila Velha, http://www.teatrovilavelha.com.br/
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Endereço do livro homônimo de Cacilda Póvoas
http://www.p555.com.br/
O espetáculo O OLHAR INVENTA O MUNDO é uma adaptação do livro homônimo de poemas em prosa de Cacilda Povoas. É um texto poético criado através de sua sutileza do real e por sua intimidade com o sonho, onde as palavras buscam inventar a mulher possível diante de seu cotidiano afetivo, torna-se uma das marcas que identifica este livro de estréia de Cacilda Povoas, também autora da peça teatral O muro, encenada pelo Bando de teatro Olodum, e co-autora em Vixe Maria, Deus e o diabo na Bahia. Acesse a página acima, edições, prosa e poesia e confira a obra.
O espetáculo O OLHAR INVENTA O MUNDO é uma adaptação do livro homônimo de poemas em prosa de Cacilda Povoas. É um texto poético criado através de sua sutileza do real e por sua intimidade com o sonho, onde as palavras buscam inventar a mulher possível diante de seu cotidiano afetivo, torna-se uma das marcas que identifica este livro de estréia de Cacilda Povoas, também autora da peça teatral O muro, encenada pelo Bando de teatro Olodum, e co-autora em Vixe Maria, Deus e o diabo na Bahia. Acesse a página acima, edições, prosa e poesia e confira a obra.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Os Inventores
Roteiro: Felipe de Assis e Cacilda Povoas, com a colaboração de Héctor Briones, a partir do livro homônimo de Cacilda Povoas
Diretor: Felipe de Assis
Diretor Assistente: Héctor Briones
Elenco:
Anita Bueno
Héctor Briones
Iara Colina
Mariana Freire
Neyde Moura
Sonia Robatto
Thiago Enoque
Elenco de apoio:
Érica Lopes
Israel Barretto
Luisa Proserpio
Iluminação: Fábio Espírito Santo
Assistente de Iluminação: Priscila Povoas
Cenário: Miniusina de Criação
Figurino: Rino Carvalho e Luiz Santana
Trilha Sonora: Marcos Povoas
Captação de áudio: Ivan Huol
Preparação Corporal: Thiago Enoque
Projeto Gráfico: Pietro Leal
Assessoria de Imprensa: Beto Mettig
Fotos: Márcio Lima
Realização: Rui Manthur e Companhia Teatro dos Novos
Produção: Huol Criações e Editora Estúdio Sonia Robatto
Assistente de Produção: Eliuma Brito e Érica Araújo
Diretor: Felipe de Assis
Diretor Assistente: Héctor Briones
Elenco:
Anita Bueno
Héctor Briones
Iara Colina
Mariana Freire
Neyde Moura
Sonia Robatto
Thiago Enoque
Elenco de apoio:
Érica Lopes
Israel Barretto
Luisa Proserpio
Iluminação: Fábio Espírito Santo
Assistente de Iluminação: Priscila Povoas
Cenário: Miniusina de Criação
Figurino: Rino Carvalho e Luiz Santana
Trilha Sonora: Marcos Povoas
Captação de áudio: Ivan Huol
Preparação Corporal: Thiago Enoque
Projeto Gráfico: Pietro Leal
Assessoria de Imprensa: Beto Mettig
Fotos: Márcio Lima
Realização: Rui Manthur e Companhia Teatro dos Novos
Produção: Huol Criações e Editora Estúdio Sonia Robatto
Assistente de Produção: Eliuma Brito e Érica Araújo
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Aviso importante
Deveríamos ter avisado antes, mas nunca é tarde quando a intenção é deixar claro possíveis equívocos. Caro leitor, o espetáculo ainda está em fase de construção, portanto, todo material publicado aqui, poderá , durante o trancurso do processo, sofrer alterações e revisões que se fizerem necessárias. Cada tijolo será colocado um por vez, depois a argamassa e por último o acabamento final. Queremos que você acompanhe as nossas notícias como quem observa uma casa em construção. Agradecemos a sua compreensão.
CTN
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
A invenção
Tecida de desejo, de imaginário e de declarações, a peça O olhar inventa o mundo pretende ser um suplemento oferecido ao espectador para que dele se aproprie, acrescente, suprima e passe adiante. São lufadas de linguagem, frações, enunciações. Concebida como fragmento, passagem inventada, seu princípio ativo é o que ela articula. Sua invenção de luz, de som, de tecido, de costura, é a invenção desse mundo povoado de solilóquios, onde as falas são distribucionais, não integrativas. Não há uma integração dessas falas a um nível superior, a uma história, uma obra. As falas são agulhas que tecem.
Breve histórico da CTN
CTN 1959
Corria o ano de 1959, na cidade de Salvador da Baia de Todos os Santos, o meio universitário brilhava com o apoio do Reitor Edgard Santos. A Escola de Teatro da Universidade da Bahia, recém criada, tinha instalações e equipamentos perfeitos, sem falar na equipe de professores de nível internacional. João Augusto Azevedo integrava o grupo que criou a Escola de Teatro, lecionando nas cadeiras de Formação do Autor e História do Teatro. No fim do ano haveria a formatura da primeira turma de alunos. Mas, em outubro, parte dos alunos se incompatibilizou com o diretor Martim Gonçalves e recusou o diploma. Dentre eles Carlos Roberto Petrovich, Tereza Sá, Othon Bastos, Echio Reis, Carmem Tarquínio Bitencourt e eu, Sônia Robatto.
Liderados pelo diretor João Augusto formamos a Companhia Teatro dos Novos, cujo primeiro espetáculo foi O Auto do Nascimento, de minha autoria. Acabávamos de criar a primeira companhia teatral profissional da Bahia, rompendo também com os padrões estéticos da cena baiana da época. Impusemos o nosso “fazer teatro” de forma mais visceral, com marcante preocupação política e, sobretudo, um forte sabor de novidade. Uma verdadeira vanguarda foi instalada aqui em Salvador, graças, principalmente, a João Augusto, com suas experiências de teatro popular.
Assim começa a história da Companhia Teatro dos Novos, há 47 anos atrás. Vagamos durante cerca de quatro anos, por vários casarões abandonados, que seriam demolidos, casas de amigos e parentes. Até que o Teatro dos Novos instala sua sede na antiga Galeria Oxumaré, no Passeio Público. Estávamos passeando pelo Passeio Público quando descobrimos o lugar ideal para construirmos o teatro, um terreno baldio, onde só havia mato, nenhuma construção, nada. Fizemos uma explanação de nossas idéias e ideais ao então governador Juracy Magalhães que nos cedeu o terreno almejado (a título precário), mais a estrutura metálica para montar o teatro.
Não existia na Bahia, na época, casas de espetáculos. A não ser o Teatro Santo Antônio, da Escola de Teatro da UFBA, e auditórios de colégios. A Companhia Teatro dos Novos passou a lutar pela construção de um teatro. Enquanto isso as apresentações conquistavam as ruas, os claustros das igrejas, as praças públicas, tais como: Largo S. Caetano, Largo do Garcia, Largo das Tamarineiras (Pau Miúdo), Terreiro de Jesus, Adro da Igreja da Palma, Adro da Igreja do Bonfim, Adro da Igreja de S. Antonio Além do Carmo, etc.
O grupo passou a se apresentar no interior da Bahia, viajando como era possível, de trem, na carroceria dos caminhões, junto com o cenário, de ônibus, de barco, assim chegamos a Ilhéus, Itabuna, Mataripe, Pojuca, Catú, Itaparica, entre tantas outras cidades da Bahia, além de Ouro Preto, em Minas Gerais, onde ficamos por três meses vivendo numa comunidade.
Ao lado dos espetáculos os Novos dedicaram-se a construção do teatro. Fizemos bingos, campanhas e, enfim, conseguimos erguer o nosso tão sonhado (e suado) espaço em julho de 1964. Todos do grupo participavam dos trabalhos da montagem, pintando cenários, fazendo a luz, o som, a contra-regragem do espetáculo, figurinos e mesmo durante a construção do teatro, pintavam paredes, montávamos as cadeiras da platéia e todo o trabalho de construção que conseguíamos fazer.
De todas as campanhas da Companhia Teatro dos Novos para a construção do Vila Velha a que fez mais sucesso foi Os Novos Aceitam Tudo que é Velho. Os amigos nos mandaram roupas antigas, sapatos, chapéus, bengalas, capas, sobretudos, cortinas, tecidos, um rico material para a montagem dos espetáculos. O número de amigos dos Novos crescia dia a dia. Não tínhamos horários para nada, atravessávamos noites perseguindo os nossos sonhos no teatro. Não nos cansávamos porque tínhamos a certeza de que o nosso trabalho ia melhorar o mundo e criar uma fraternidade entre os homens.
A primeira peça teatral levada à cena no palco do Vila Velha foi Eles Não Usam Bleque Tai, montagem de João Augusto da peça de Gianfrancesco Guarnieri e que contou com a participação da escola de samba baiana Juventude do Garcia. A Companhia Teatro dos Novos junto com outros artistas convidados, transformaram o Teatro Vila Velha no símbolo de resistência cultural de uma época em que era proibido proibir.
Quando Marcio Meirelles e Ângela Andrade entraram na Sociedade Teatro dos Novos, assumindo a direção do Teatro, a Companhia entra numa nova fase, voltando a produzir novos espetáculos, retomando assim o espírito da companhia original, cujos projetos previam um intercâmbio com outros grupos e a realização de diversas atividades ligadas ao Teatro como oficinas, leituras dramáticas e palestras.
Liderados pelo diretor João Augusto formamos a Companhia Teatro dos Novos, cujo primeiro espetáculo foi O Auto do Nascimento, de minha autoria. Acabávamos de criar a primeira companhia teatral profissional da Bahia, rompendo também com os padrões estéticos da cena baiana da época. Impusemos o nosso “fazer teatro” de forma mais visceral, com marcante preocupação política e, sobretudo, um forte sabor de novidade. Uma verdadeira vanguarda foi instalada aqui em Salvador, graças, principalmente, a João Augusto, com suas experiências de teatro popular.
Assim começa a história da Companhia Teatro dos Novos, há 47 anos atrás. Vagamos durante cerca de quatro anos, por vários casarões abandonados, que seriam demolidos, casas de amigos e parentes. Até que o Teatro dos Novos instala sua sede na antiga Galeria Oxumaré, no Passeio Público. Estávamos passeando pelo Passeio Público quando descobrimos o lugar ideal para construirmos o teatro, um terreno baldio, onde só havia mato, nenhuma construção, nada. Fizemos uma explanação de nossas idéias e ideais ao então governador Juracy Magalhães que nos cedeu o terreno almejado (a título precário), mais a estrutura metálica para montar o teatro.
Não existia na Bahia, na época, casas de espetáculos. A não ser o Teatro Santo Antônio, da Escola de Teatro da UFBA, e auditórios de colégios. A Companhia Teatro dos Novos passou a lutar pela construção de um teatro. Enquanto isso as apresentações conquistavam as ruas, os claustros das igrejas, as praças públicas, tais como: Largo S. Caetano, Largo do Garcia, Largo das Tamarineiras (Pau Miúdo), Terreiro de Jesus, Adro da Igreja da Palma, Adro da Igreja do Bonfim, Adro da Igreja de S. Antonio Além do Carmo, etc.
O grupo passou a se apresentar no interior da Bahia, viajando como era possível, de trem, na carroceria dos caminhões, junto com o cenário, de ônibus, de barco, assim chegamos a Ilhéus, Itabuna, Mataripe, Pojuca, Catú, Itaparica, entre tantas outras cidades da Bahia, além de Ouro Preto, em Minas Gerais, onde ficamos por três meses vivendo numa comunidade.
Ao lado dos espetáculos os Novos dedicaram-se a construção do teatro. Fizemos bingos, campanhas e, enfim, conseguimos erguer o nosso tão sonhado (e suado) espaço em julho de 1964. Todos do grupo participavam dos trabalhos da montagem, pintando cenários, fazendo a luz, o som, a contra-regragem do espetáculo, figurinos e mesmo durante a construção do teatro, pintavam paredes, montávamos as cadeiras da platéia e todo o trabalho de construção que conseguíamos fazer.
De todas as campanhas da Companhia Teatro dos Novos para a construção do Vila Velha a que fez mais sucesso foi Os Novos Aceitam Tudo que é Velho. Os amigos nos mandaram roupas antigas, sapatos, chapéus, bengalas, capas, sobretudos, cortinas, tecidos, um rico material para a montagem dos espetáculos. O número de amigos dos Novos crescia dia a dia. Não tínhamos horários para nada, atravessávamos noites perseguindo os nossos sonhos no teatro. Não nos cansávamos porque tínhamos a certeza de que o nosso trabalho ia melhorar o mundo e criar uma fraternidade entre os homens.
A primeira peça teatral levada à cena no palco do Vila Velha foi Eles Não Usam Bleque Tai, montagem de João Augusto da peça de Gianfrancesco Guarnieri e que contou com a participação da escola de samba baiana Juventude do Garcia. A Companhia Teatro dos Novos junto com outros artistas convidados, transformaram o Teatro Vila Velha no símbolo de resistência cultural de uma época em que era proibido proibir.
Quando Marcio Meirelles e Ângela Andrade entraram na Sociedade Teatro dos Novos, assumindo a direção do Teatro, a Companhia entra numa nova fase, voltando a produzir novos espetáculos, retomando assim o espírito da companhia original, cujos projetos previam um intercâmbio com outros grupos e a realização de diversas atividades ligadas ao Teatro como oficinas, leituras dramáticas e palestras.
Sônia Robatto
Assinar:
Postagens (Atom)